Descomplica ensina classe de palavras

exercício-enem-interpretacao-descomplica (4)Na prova do Enem cada matéria terá questões com diferentes níveis de dificuldade: baixo, médio e alto. A correção das provas do Enem 2017 levará em conta tais níveis, além do número de acertos. Quem chutar muitas questões, acertando mais perguntas difíceis do que fáceis, por exemplo, será mais penalizado do que aqueles que apresentarem uma resolução mais consistente, com uma maior quantidade de acertos nas fáceis do que nas difíceis. Por isso mesmo que é tão importante estudar as diversas classes de palavras e a análise sintática. Veja um pouco mais disso nos exercícios abaixo.

Muitas atividades de classes de palavras

1 – As palavras da língua podem ser classificadas das mais diferentes maneiras, dependendo do critério que se tem em vista. Observe, por exemplo, o seguinte conjunto:

Partida, sair, movimento, fuga, fugir, saída, partir, movimento.

Classifique essas palavras de acordo com o seguinte critério.

a) Palavras que fazem o plural com o acréscimo de ( S) .

b) Palavras que não fazem o plural com o acréscimo de ( S ).

2 – Observe a lista de palavras a seguir e, usando o critério de combinação sintática, preencha os espaços vazios com os quantificadores tão (invariável) e tanto ( tanta, tantos, tantas)

a) Nunca vi ________________ pessoa num só local.

b) A lua estava _________________ brilhante que a noite parecia dia.

c) Poucas ruas estavam ___________________ enfeitadas.

d) Ninguém comprava um livro com ___________________ erros.

e) Todos estão protestando com juros _________________ altos.

f) Ele tem _______________ amizades, que já perdeu a conta.

3 – “O descanso anual está previsto na legislação do trabalho e o trabalhador não deve abrir mão dele.”

Permute descanso por férias e reescreva o trecho todo fazendo apenas as alterações necessárias pela troca.

4 – (UFV-MG) O plural dos substantivos compostos está correto em todas as alternativas, exceto:

a) Ele gosta de amores-perfeitos e cultiva-os.

b) Os vice-diretores reunir-se-ão na próxima semana.

c) As aulas serão dadas às segundas-feiras.

d) Há muitos beijas-flores no meu quintal.

Justifique

5 – Observe o seguinte trecho:

O luar quando bate na relva

Não sei que cousa me lembra

Lembra-me a voz da criada velha

Contando-me contos de fadas.

Fernando Pessoa

Se em vez de criada velha, escrevêssemos velha criada, haveria alteração de sentido? Explique sua resposta.

6 – (IMS-SP) “Aquele é um remédio que não tem cheiro, não tem cor e cujo rótulo não se pode ler.”

Os adjetivos que podem substituir as expressões destacadas são respectivamente:

a) Incheirável, descolorido, ilegível.

b) inodoro, incolor, ilegível.

c) inodor, descolor, ilegível.

d) inodoro, incolor, inlegível.

e) desnodoro, descolor, inelegível.

Justifique:

7 – Em apenas uma das alternativas a seguir, o plural não se pronuncia com a vogal tônica aberta (ó):

a) caroços

b) fossos

c) miolos

d) desportos

e) esposos.

Justifique

Você sabe o que é textualidade de gramaticabilidade?

Neste artigo quero explicar para vocês algo bastante importante para quem está começando a estudar para o vestibular e está desanimado com alguns conceitos difíceis que os professores têm usado em sala de aula. Dentre eles, temos textualidade e gramaticabilidade do texto.

TEXTUALIDADE

"Textualidade ou textura é o que faz de uma sequência linguística um texto e não uma sequência ou um amontoado aleatório de frases ou palavras. A sequência é percebida como texto quando aquele que a recebe é capaz de percebê-la como uma unidade significativa global. A coerência é que dá origem à textualidade."

KOCH, Ingedore C. V.;TRAVAGLIA.

Como se observa, textualidade é a condição fundamental que distingue um amontoado de frases de um texto, lembrando que um mero amontoado de frases ou de palavras não é capaz de produzir sentido e esta é mais uma competência que abordo no meu site Redação Nota 1000 (clique aqui para ler). A textualidade é dada principalmente pela coerência textual, mas não podemos deixar de apontar alguns outros elementos textuais, como coesão, intencionalidade, intertextualidade e condições de interlocução.



A GRAMATICALIDADE DO TEXTO

Os falantes de uma língua adquirem natural e gradativamente o conhecimento necessário para usar a língua da comunidade a que pertencem, cuja estrutura já tem, predeterminados convencionalmente, os signos linguísticos e as possibilidades de combinação entre eles, o que permite a comunicação. À soma dos conhecimentos linguísticos de uma língua chamamos gramática.

Por conhecermos a gramática de uma língua, conseguimos associar uma sequência de sons a um conceito, distinguimos palavras e construímos frases, escolhendo as palavras e a ordem adequada dessas palavras no enunciado para nos comunicar. Trata-se, pois, de uma gramática natural da língua que permite ao falante nativo entender enunciados e fazer-se entender por meio deles.

Relações anafóricas e catafóricas no texto

Olá, tudo bem? tenho falado em meus sites a respeito de diversos assuntos relacionados à construção do texto dissertativo no vestibular, Enem ou mesmo nos concursos públicos em que se tenha de fazer uma redação. É muito importante que todo aluno domine este assunto visto que é uma das competências avaliadas pelo Enem, sistema de avaliação que serve, hoje, de porta de entrada para diversas universidades públicas e algumas privadas. Neste artigo, parte do conteúdo abordado em aulas do Descomplica em vídeo ajudará todos que desejam fazer textos melhores e almejam uma nota 1000 na redação.

Relações anafóricas e catafóricas

O Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), do Rio, um centro de excelência na área, procura ir além dos torneios. Há três anos, a instituição adotou o Projeto Vocação Científica, que vinha sendo desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz, e passou a ministrar cursos de verão para alunos do ensino médio. Os que se destacam são convidados a fazer estágios no Impa. "É verdade que nem todos conseguem acompanhar o ritmo, mas muitos, mesmo os que não ficam, saem daqui com outra visão da matéria", afirma o professor Paulo Cezar Pinto de Carvalho, do instituto. "Cumprimos o objetivo de contribuir para o desenvolvimento do ensino."

Disponível em: http://epoca.globo.com/edic/19990524/ciencia6.htm

Algumas palavras, também "vazias" de conteúdo semântico, podem não ter a sua referência no contexto extratextual, mas sim no contexto textual, isto é, no próprio texto da mensagem.
Observe o caso da palavra daqui no texto acima. Qual é seu referente? Onde o encontramos? O referente é o Impa, do Rio, e o encontramos no próprio texto. Trata-se de uma referência endofórica (end(o)- = dentro). Observe a diferença em relação ao daqui do texto anterior (nele, o referente estava fora do texto).

E mais: observando a posição do advérbio daqui, podemos perceber que ele aparece depois do referente. Em casos como esse, em que o referente é antecedente, temos uma referência anafórica.
Já no texto a seguir, a referência de daqui é diferente:

Nas vésperas da Páscoa, pesquisadores da Finlândia anunciam que comer chocolate durante a gravidez torna os bebés mais sorridentes e ativos. Mas médicos daqui do Brasil têm algumas ressalvas.

Disponível em: www.band.com.br/jband/edicaoo70404.asp.

Clique na imagem para vê-la maior

Nesse caso, o referente (Brasil) aparece depois do advérbio: trata-se de uma referência catafórica.
Essas referências textuais têm uma função muito importante: conferir coesão ao texto, na medida em que articulam e relacionam as informações presentes nele.

Vejamos agora um resumo: